quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fugindo do sertão

Aquela menina já mulher, nordestina, tinha fugido da roça e veio para a capital, achava ela que a vida aqui seria mais fácil com mais oportunidades. Já que onde morava essa palavra não existia, Então qualquer lugar era melhor.

Quando chegou logo se encantou por um rapaz, bom partido, moço conhecido, ela logo se apaixonou, como todo e toda adolescente, pensava que viveria só de amor. Quem dera fosse tão fácil assim!
O moço bonito logo jurou amor, disse que com ela ficaria e até casaria se preciso for. O que ela não sabia é que o destino ainda lhe reservaria grande dor. Acontece que a moça engravidou e sem nenhuma assistência, sozinha no mundo ficou. Voltou para o seu interior e pediu teto aos seus pais. Mas filha, solteira buchuda ele não aceitou. A garota teve que voltar a capital, ela tinha encontrado o seu amado e a vida de casado ela tinha tentado, mas logo percebeu que estava tudo errado.

 Ela não voltou atrás, disse que cuidaria do seu filho daria todo amor e assistência que ele precisasse. O garoto o que menos queria era responsabilidade, então com um jeitinho logo desapareceu. Família do rapaz que sempre tinha sido contra o relacionamento dos dois omitiu o paradeiro do moço. A menina desiludida já cansada de tanto apanhar da vida, tinha decidido ir morar sozinha e decidida, disse que ia dar a volta por cima e mostrar a todos que ela podia criar seu filho sozinha.

 E ela cumpriu sua palavra, mora na capital, agora tem mais dois filhos, a moça do interior até hoje não concluiu sua graduação de ser mãe, ela nunca conseguiu assimilar muito bem isso, mas fez muito bem o seu papel. Essa é mais uma forma de homenagear a grande mulher que me deu a luz, que por fora mostra ser forte e é, mas também é tão frágil como uma flor. Todos os dias é dia das mães.
Por que o melhor da vida é viver.

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